25 de outubro de 2008

Os idealizadores


Para executar essa paisagem foram 6 horas de trabalho no local, porém ela vem sendo projetada a meses. A escolha das estruturas a serem construidas, a confeccção do lago e seu sistema de filtragem, as árvores a serem utilizadas, foram alvo de um estudo detalhado. Além das horas de busca e coleta de musgo, das noites recriando construções seculares e dos anos fazendo os bonsais.

A concepção da paisagem foi idealizada por Vinícius Piumato da VIVA BONSAI e Fabrício Schossler da ARTORO. Foram tiradas centenas de fotografias e recebemos os mais diversos elogios. O saldo foi extremamente gratificante, pois aprendemos muito com os erros e acertos. O mais interessante foi a nossa aparição no jornal Nikkey Shimbun, escrito em japonês.

O final da Paisagem - Castelo Hirosaki


Hirosaki é uma cidade, na provîncia de Aomori no norte do Japão. É conhecida como Kyoto do norte, devido a quantidade monumentos preservados que lá existem. Sua construção mais famosa é o Hirosaki-jo, ou castelo hirosaki.

Ele foi construido em 1611 pelo clã Tsugaru, possui um dos mais belos parques japoneses. Milhares sakuras ( Cerejeiras Japonesa - Prunnus Niponica ) plantadas ao seu redor. No local é celebrado o sakura matsuri, na semana do final de Abril e ínicio de maio. Nesta época as cerejeiras florescem e o espetáculo proporcionado pela queda de suas pétalas leva mais de 1 MILHÃO de pessoas até o parque.

Está réplica do castelo hirosaki foi o final do caminho da paisagem. Após uma longa caminhada o viajante seria recebido pelos senhores do castelo e desfrutaria de sua hospitalidade.

Essa é a imagem do castelo original, na época da florada das sakuras.

18 de outubro de 2008

O Caminho do Budha






O budismo chegou no Japão durante o século VI d.C., porém sua origem verdadeira foi no nordeste da Índia, entre o século VI a.C. e o século IV a.C. Os académicos japoneses consideram mais provável a data entre 448 a.C. e 368 a.C.. quando nasceu na povoação de Kapilavastu Siddhartha, o 1° buda, que se julga ser a aldeia indiana de Piprahwa, situada perto da fronteira indo-nepalesa. Seus ensinamentos atravessaram a China, a Coréia e chegaram ao Japão. Um dos nomes que recebeu foi Butsudo, que significa "o caminho do Buda".
No Japão, aproximadamente 90 milhões de pessoas consideram-se Budistas, e a religião consiste de diversas seitas. A Tendai (805) e a Shingon (806), vieram da China. Após a seita Jodo (seita da Terra Pura), fundada em 1175 no Japão, veio a seita Zen, novamente, introduzida pela China, em 1191. Suas teorias complicadas eram populares particularmente entre os membros da classe militar. As teorias centrais do Zen Budismo são de que a vida humana é repleta de sofrimento devido ao adoecimento, morte e da perda dos entes amados. Ao livrar-se de desejos e apegos, pode-se alcançar um estado de iluminação, e escapar do sofrimento e do ciclo da reencarnação. Diz-se que é possível alcançar a auto-iluminação através da meditação e da auto-disciplina - algumas vezes é chamada de religião, outras vezes, de filosofia.
A religião budista modificou totalmente a vida dos japoneses. Com a sua chegada vieram também os conhecimentos de arquitetura, linguística, jardinagem e etc. A buda foram dedicados muitos templos construidos com detalhes inimagináveis.

17 de outubro de 2008

Gojuu-no-tou - Pagoda de cinco andares


Sagrado, inabalável e belissimo, seriam ótimas defeinições para o Gojuu no tou. Seu estilo arquitetônico foi introduzido no Japão por volta do ano 600, junto com o caminho de Budha. Sua construção inicia pela colocação do shinbashira, uma viga central de 60 cm de diâmetro que fica cravada a cerca de 2 metros de profundidade. Ao redor dele é construído o Kidan, que será a fundação da construção. Quatro escadas são feitas no kidan, cada uma leva até uma entrada. O juu é o corpo do pagoda, nele estão as janelas, portas do pagoda e o telhado. Cada juu simboliza um elemento a terra, a água, o fogo, o ar e a energia. Eles representam os degrais que devem ser percorridos rumo a iluminação, cada andar é menor que o anterior. Acima está o sourin, a parte mais sagrada do pagoda. É nele que a energia positiva é atraída e canalizada. Seus aneis sagrados representam as divindades, o fogo sagrado que ilumina a escuridão está abaixo do houju, a jóia sagrada, o budha.
Sendo assim o gojuu notou não poderia estar em outro local senão no centro da paisagem. Ele é uma das mais belas obras da arquitetura japonesa. Suas caracteristicas lhe conferem a capacidade de suportar fortissimos terremotos e tempestades elétricas, graças ao shinbashira que atua como sustentação no caso de um terremoto e para-raios em caso de tempestade elétrica. Além disso povo japonês possui uma ligação muito intensa com seu legado cultural e reconstruiu aquelas obras que a natureza conseguiu, após diversas tentativas, derrubar.

16 de outubro de 2008

O Lago e o pescador

A paisagem construida no evento demorou cerca de 6 horas para ser feita, porém ficou sendo constantemente finalizada. Além do fato de se tratar de uma arte viva, pelas plantas e pelo musgo, nossa paisagem ainda contou com mais 3 personagens vivos, as carpas. No lago da paisagem, abaixo da ponte, foram colocadas 3 carpas filhotes. Para evitar seu sofrimento um sistema de filtragem foi feito permitindo circulação da água.
Além das carpas 3 lanternas, uma Kotoji, uma Rankei e uma Yukimi, estavam no lago. Na saída da água, a nascente que banhava o lago, a lanterna Kotoji era constantemente molhada. Ao lado do pescador a Rankei refletia sua beleza no lago. E dentro do lago, em um pedestal, se erguia  a lanterna Yukimi. Todas posicionadas para que o viajante as visse ao cruzar a ponte.
As carpas são um dos elementos importantes do jardim japonês, pois elas simbolizam a vida. São as cores do jardim, pois diferentemente das flores, jamais perdem seu brilho. Transporta-las para um jardim em miniatura requer um cuidado muito maior, porém a satisfação é imensa. Ao perceberem as carpas as pessoas ficavam surpresas com a presença dos peixes. Se perdiam por alguns minutos para observar o movimento deles dentro do lago. Isso é contemplar o jardim.

15 de outubro de 2008

Resultados Comemoração 100 anos imigração Japonesa no Brasil



Foi um ótimo evento. O público foi até o local para ver uma mostra da cultura japonesa e não saiu decepcionado. Tudo realicionado a cultura japonesa estava disponivel ao expectador. Em relação ao meu trabalho foi maravilhoso. Montamos uma paisagem muito bonita, com diversas estruturas e plantas. O caminho começava no Torii, passava sobre um lago com carpas atravéz de uma ponte e chegava até os pés do Gojunoto (pagoda de 5 andares) e seguia até a réplica do castelo Hirosaki. A foto está acima.


Um grande abraço,


Fabrício

23 de setembro de 2008


Faltam poucos dias para o evento, a primavera já iniciou. A preparação está a todo o vapor, pois espero fazer uma bela homenagem aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Vejo você lá!!!!

17 de setembro de 2008

100 anos imigração japonesa - Porto Alegre


Nos dias 27 e 28 de setembro, juntamente com a primeira semana da primavera, será realizada a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil em Porto Alegre.
A festa é aberta a todos os interessados e contará com as seguintes atrações: Artesanato, Artes Marciais, Bonsai e Törö, Cerâmica, Culinária, Danças Típicas, Desfile de Quimonos, Ikebana, Kirigami, Mochi-tsuki, Música, Origami, Produtos japoneses, Shiatsu, Shodô e Taikô.
Será realizado no centro de eventos da “Casa do Gaúcho”, no Parque da Harmonia- Rua Caruso da Rocha, 301 (mapa Google) (Parque Maurício Sirotsky Sobrinho) .

Informações pelo telefone (51) 3371-1788 ou pelo e-mail: enkyosul@terra.com.br

O Jardim Japonês


Há séculos o povo japonês transformou a jardinagem em arte. O jardim é um local sagrado, que nos leva a refletir sobre a vida. Em templos, castelos ou nas casas o jardim é um local de meditação. Essa tradição atravessou diversas dinastias. Foi admirada por samurais, preservada por monges e se popularizou. Hoje a magia dos jardins japoneses se espalhou pelo mundo.

Toro - Tourou - Lanterna Japonesa - Lanterna de Pedra


As lanternas japonesas encantam por sua beleza e o simbolismo que carregam. Mais que objetos de decoração ou fontes de luz, elas estão muito ligadas a espiritualidade. Sua luz ilumina a mente, mostrando com mais clareza o caminho correto. As lanternas de pedra são parte fundamental do jardim japonês. Seu posicionamento leva em conta o ponto de visão e seu estilo, pois cada um possui um significado distinto. Seguem os estilos mais clássicos:

Pagoda


Os pagodas são utilizados para ligar os jardins ao mundo espiritual. Os cantos do telhado apontando para cima representam as direções do universo, e os crescentes níveis simbolizam o caminho à iluminação.

Kotoji


Significa "harpa de sintonia", as duas pernas de seu corpo lembram a forma do instrumento musical japonês "koto". Normalmente uma perna é colocada sobre a terra e a outra na água, o que reflete a interdependência dos elementos.

Shinto


Utilizadas para iluminar a entrada dos santuários. Freqüentemente são dedicadas aos antepassados nos santuário. É inscrito nela o nome para quem foi dedicada, formando um registro do santuário.

Rankei


Rankei também são conhecidas como “acompanhantes das águas”. Essas lanternas são geralmente colocadas a beira de uma lagoa ou riacho para criar uma bela imagem refletida na água.

Kasuga


É tradicionalmente utilizada como "guardião lanterna” dos templos budistas. Freqüentemente usada na entrada dos jardins japoneses guiando o convidado até o local da cerimônia do chá.

Yukimi


Conhecida como a "Lanterna para ver a neve". Seu telhado capta a neve lhe dando maior beleza, refletindo a pureza de suas linhas.

Torii


Portão tradicional japonês, ligado à tradição xintoísta e assinala a entrada ou proximidade de um santuário. Ele simboliza a passagem entre o mundo material e o mundo espiritual.

ARTORO - miniaturas em feitas a mão

Showroom: Viva Bonsai
Rua Silva Jardim 730 - Porto Alegre - RS
(51) 3019-0825 - 9315-8055
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